Captor de sentimentos da alma


O que é a beleza superficial diante da essência divina de cada ser?
Eu em minha particularidade costumo fugir das lentes das câmeras.
Honestamente não somos íntimas.

Aprecio a individualidade e a privacidade de cada um de nós, e as fotografias costumam desnudar a alma mais do que retrata a imagem que capta e eu, sinto-me nelas, nua.

Olhar uma fotografia vai além de ver o superficial da imagem captada, porém, apenas um olhar atento é capaz de visualizar e compreender a sublimidade do momento captado.

Não porque eu não seja uma pessoa transparente. Mas, porque a minha transparência cabe a mim, revelá-la, ou não.

Um flash é muito mais do que um raio-x, é um captor de memórias, de sentimentos da alma.
Quando ganhei de presente uma fotografia minha gentilmente formatada por um amigo,
que colocou-me no centro de uma rosa lindamente desabrochada de cor champanhe sob pingos reluzentes de focos luzes. Percebi o quanto uma fotografia representa para quem às observa atentamente.

Percebi na magnitude de sua arte, o quanto somos frágeis diante do poder da luz, venha ela de onde vier, porque a luz será sempre, à Luz. E na brandura da Luz, somos altamente visíveis, decifráveis aos olhares mais experientes.

O meu amigo estava certo! Uma Luz era o que eu naquele momento captado necessitava. E a flor? A rosa champanhe desabrochada mostrara-me uma mulher sensível e madura, porém, na flor da idade abrindo-se para a vida num brinde à felicidade de se estar viva e que minhas dores e anseios deveriam ser dissipados para que se fizesse jus a minha natural essência de flor...

2 comentários:

GUIDO disse...

EXCELENTE...

EXPRESSA FATO REAL...

PARABÉNS

Paula disse...

Perfeito como tudo aqui.Bjos da Bellelune