Infidelidade

(Marta Rodriguez)

Eu, perversa
Profana
Descarada, deliciosamente
Devassa, desonesta,
Pecado capital!
Eu, ruptura
Nos códigos do bem
 Prostituta!
  Volúvel
   Falsidade,
Imoral, aventura
Insaciável
Luxuria latente.
Eu, prazer ardente
Do amor, descrente,
Pecaminosa
Depravada eminente.
Eu, desvio
 Vicio
  Furtiva
   Ousadia!
Eu, aversão
À verdade e à fidelidade,
  Sarcástica,
    Efêmera,
     Avesso,
Travessa diversão!
Eu, fria,
 Feiticeira traiçoeira,
   Vadia,
     Dissimulada...
      “Infidelidade...”





Um comentário:

Daufen Bach disse...

que delícia de ler esse poema.
forte e sonoro!difícil poetas sensuais-eróticos que nao erram o ponto...rs. tu consegue falar eroticamente de maneira tão explicita, sem que isso fira o ouvido...nao ocnfunde com vulgaridade e isso é magnífico.

Embora se confunda (deve ser proposital) a primeira pessoa
com a terceira pessoa e, não se sabe claramente
que é o sujeito nos versos, essa ambiguidade norteia o poema e deixa uma dúvida gostosa e excitante.

Parabéns Marta, mais uma vez surprendeu

beijo a ti.

daufen bach.