Eis que em meu coração
surgem de uma dor eminente, rupturas,
rupturas de veias profundas
por onde sangram as dores de um amor mal acabado
abalando toda a minha estrutura!
um abalo de dores e sentimentos
que se confundem ferindo-me ainda mais
como se fossem lâminas cortantes
fazendo-me sofrer, fazendo-me
refém de uma agonizante e estúpida
tristeza que inflama e sangra ainda mais
esse pobre coração que (só), ama
o que restou nas ruínas das minhas dores,
foi uma alma desestruturada,
porém, apegada à esperança,
de que surja um novo amor
dos pequenos fragmentos de sentimentos
que me restaram.
Por hora, o que me resta
é um coração mórbido
sob a sombra de tristezas,
uma alma rastejando sob o limo
da solidão em busca de alguém
que reconstrua o meu coração...
Marta Rodriguez
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